domingo, 30 de janeiro de 2011

Retiro no Rio de Janeiro com Ani Zamba (Março 2011)



De 05 a 09 de Março de 2011

Chegada: dia 04 à noite

Saída: 09 de março (4ª de Cinzas) de tarde

Local: Retiro Serrano - Guapimirim/RJ

Conheça o local do retiro: http://retiroserrano.org/descricao.html

Investimento: R$ 450,00
(Ou 2x R$ 230,00 fev/março)

PROGRAMAÇÃO:
Dia 04, à partir das 18:30h – Chegada e Jantar
Início das sessões de meditação, dia 05 às 6:00 h.
Na quarta-feira, dia 09, as atividades encerram-se às 12:30h

Alimentação vegetariana.
Informar na inscrição se irá querer jantar no dia 04 e a almoço no dia 09.
 
TODOS DEVEM LEVAR:
Roupa de cama
Toalha
Roupa de banho
Repelente de insetos
Lanchinhos e alimentos de dieta especial (se for o caso)
Farmacinha básica (aspirina, etc...)
Almofada para meditação
Tênis pra caminhar
Roupa leve (à noite pode ficar mais fresco)
Ventiladores (Nem todos os quartos têm ventilador de teto e, quanto mais, melhor).

Se houver um bom número de pessoas interessadas, pode-se organizar uma van saindo do Rio no início da noite de sexta-feira, dia 04 e voltar no dia 09 de tarde.


Ensinamentos sobre os 6 Bardos

Dias 11, 12, 13, 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de março
Sextas: 20h, Sábados e domingos, de 9h às 17h
O Espaço – R. Barão de Ipanema, 56/901 – Copacabana


A Venerável Bikkhuni Ani Zamba Chözom, nascida na Inglaterra, detém o título de Gelongma, ordenação máxima para uma monja budista. Foi uma das primeiras alunas ocidentais de Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche, tendo estudado também com alguns dos mais respeitados mestres das quatro principais escolas do budismo tibetano. É detentora de várias linhagens monásticas das tradições chinesa e coreana do budismo, além das linhagens das práticas de Shamatha e Vipassana (meditação). Tem vivido e ensinado na Ásia desde 1969, onde trabalhou com Madre Teresa de Calcutá. Sua abordagem do budismo é não-sectária, acessível e prática para a vida diária. Como gosta de dizer, "a vida é a prática, e a prática é a vida". Seus ensinamentos focam-se na percepção mental como sendo a causa da felicidade e do sofrimento; também como sendo um meio para a realização espiritual.

Informações e Inscrições: eventos@dipamkara-rio.org


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Visão de Dipamkara - Rio de Janeiro
E-mail: rio@dipamkara-rio.org
Site: www.dipamkara-rio.org
Receba notícias da Ani Zamba no Rio:
http://groups.google.com.br/group/dipamkara-rio

O solo essencial da meditação

"Quaisquer pensamentos e emoções que apareçam na meditação, permita que surjam e sosseguem, como as ondas no oceano. 


Tudo o que você se perceba pensando, deixe que o pensamento surja e sossegue, sem qualquer restrição. 

Não se apegue, alimente ou ceda, agarre ou solidifique de nenhuma forma. Nem siga os pensamentos ou incite-os: seja como o oceano olhando suas próprias ondas, ou o céu olhando as nuvens que passam através dele. 

Você logo descobrirá que os pensamentos são como o vento, pois eles vêm e vão. 

O segredo não é "pensar"  sobre os pensamentos. Apenas deixe-os fluir através da mente, enquanto mantêm-na livre de idéias posteriores."

(Mensagem enviada por Ani Zamba para o site anizamba.org, em março de 2010)

Texto original (em inglês):

sábado, 29 de janeiro de 2011

Shamatha

Ani Zamba e Alan B. Wallace, 2011

"Caríssimos amigos,

Só algumas palavras, já que estou no Sul do Brasil, no Centro do Lama Padma Samten, participando de retiro com um antigo amigo Alan B. Wallace. Ele está conduzindo um retiro de shamatha aqui por 8 dias. Realmente ele desenvolveu-se bastante como um professor fantástico, muito claro e preciso, e seus ensinamentos são muito ricos e detalhados - muito interessantes para todos que estão sinceramente interessados em praticar os profundo métodos que são oferecidos na tradição budista. Esses métodos são projetados para penetrar e transformar nossas mentes.

Quando nós olhamos atentamente para nossas mentes, podemos começar a ver como são agitados, mentalmente obsessivos e compulsivos os padrões de nossos processos mentais - tantos hábitos neuróticos e tendências. Mas, ao mesmo tempo, se vocês realmente estão interessados em saúde mental e bem estar, então, se praticarem esses métodos profundos oferecidos, podem acalmar e transformar os padrões neuróticos, e, então, penetrar e revelar a natureza de suas próprias mentes.

Penso que todos nós aqui poderíamos ver, depois de alguns dias de prática intensa, o quanto aproveitáveis e transformáveis nossos processos mentais podem ser se nos aplicarmos continuamente em nossa prática. 
Primeiro, a base de trabalhar com nossas mentes é o relaxamento. Você tem me ouvido dizer isso numerosas vezes, mas isso é realmente a chave para destrancar a estabilidade e clareza. Nós não sabemos como relaxar em um nível profundo onde se pode abrir mão de todo estresse físico e emocional que agarramos.

Eu não tenho espaço aqui para adentrar esses métodos,mas recomendo um retiro com Alan quando possível, já que ele é um bom praticante, além de estudioso do budismo.  Logo, tem muito a oferecer.

Nós estávamos falando sobre este novo centro dele em Phunket, na Tailândia, onde ele oferece diferentes cursos durante o ano. Ele convidou-me para ensinar lá, se eu estiver na região. Este lugar virá a ser, provavelmente, o maior internacional para treinamento da mente em um futuro próximo. Então eu realmente recomendo a todos um retiro com Alan quando você ouvir sobre esta oportunidade - não perca isso por favor. 

Amor, Ani Zamba"

(Texto publicado em anizamba.org em 28.01.2011) 

Texto original em Inglês:

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Elementos essenciais à nossa percepção



"Lembrem-se de incluir 3 elementos essenciais à nossa percepção. 

1. Tudo que for um fenômeno composto está sujeito a mudanças. Tudo que tem um começo, terá um meio e um final. 

2. Todos os fenômenos não têm qualquer forma de substancialidade ou características próprias. Isso significa que todos os nossos conceitos em relação a isto ou aquilo, todos os nossos valores e julgamentos são apenas projeções mentais, inseridas sobre o que estiver aparecendo aos nossos sentidos. Partindo do que aparenta ser o objeto, estas características não exsitem inerentemente.

3. Nenhum fenômeno tem existência própria por si só. tudo simplesmente parece existir dependendo de certas condições. 

Sem estas condições, então, essa determinada aparição/experiência não pode surgir. Se queremos ver o verdadeiro aspecto dos fenômenos e se estivermos interessados na Verdadeira liberação, precisamos incluir esses três elementos à nossa percepção da vida."

(Mensagem postada por Ani Zamba em janeiro de 2010 no site anizamba.org, traduzida por Bruno)

Original em Inglês:

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O tesouro que possuímos


"Muitos têm grande quantidade de coisas, mas ainda vivem com uma atitude pobre diante da vida. É a postura de achar que sempre existe algo faltando - pobre de mim - que somente quando e se eu tiver esse algo ilusório então serei feliz. Quem engana quem[?].

Sabemos que o genuíno estado de bem estar não depende de ter ou não as coisas, mas do reconhecimento que temos todo o necessário agora.  É preciso apenas descobrir esse tesouro que possuímos, e não continuar procurando por um tesouro que nós não temos.

Usando as condições que estão disponíveis, que nos são constantemente ofertadas, nós usamos a variedade de experiências da vida como uma oportunidade de revelar nossa própria natureza, nossa bondade fundamental e todas as qualidades despertas que estão no presente aparentemente obscurecidas ou distorcidas pelas nossas tendências neuróticas e hábitos."


(trecho de mensagem enviada por Ani Zamba ao yahoogroups em 5.10.2009)

Original em Inglês:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Propósito do caminho



"O caminho são as suas condições de vida. Cabe a você decidir se quer ou não enxergar o verdadeiro aspecto do que está acontecendo momento a momento. Os ensinamentos são as ferramentas para utilizar o que aparenta estar acontecendo a você. Compreender como nós construímos nossa própria experiência dá-nos a habilidade de ver que nós podemos também mudar o que está aparecendo como nossa criação. Criada através de nossos próprios processos mentais.

Assuma a responsabilidade pela forma com que você vê as coisas - lembre que o modo que você vê e sente é sua visão pessoal do que está acontecendo - nada mais que isso. Outras pessoas talvez estejam vendo a situação de um modo totalmente diferente de você. Aquilo faz delas erradas e você certo?

Não, apenas uma visão diferente por causa de condicionamentos prévios diferentes - então agora os filtros que distorcem nossa percepção também estão diferentes. Em vez de sempre fazer julgamentos quanto ao que você pensa estar acontecendo ao seu redor ou para você - por que não se pergunta:  por que estou vendo as coisas desse modo? Por que os fenômenos aparecem dessa forma na minha visão de vida? Por que eu estou reagindo assim sob esse tipo de contições?

Aprenda constantemente de quais aparências talvez surjam. Não apenas fixe um julgamento definitivo sobre alguma coisa, deixando isso como verdadeiro - porque isso não é - é apenas uma ilusão que está sendo construída pela sua própria mente. Pergunte-se novamente e novamente. Eu quero ver a verdade - a natureza incondicionada do fenômeno  - ou não? Por que esse é o propósito do caminho: para dar-se conta do verdadeiro aspecto de todo e qualquer fenômeno que está surgindo para sua consciência."

(Mensagem de Ani Zamba em fevereiro de 2010, postada em anizamba.org)

Original em Inglês:

Sobre a nossa verdadeira natureza - Thich Nhat Hanh



Fonte: http://interserblog.blogspot.com

Novos hábitos


Quanto mais praticamos e estudamos os ensinamentos, mais nossa percepção torna-se clara.  A essa altura poderemos ver o que é útil praticar e o que é melhor evitar em nossas vidas, de modo que continuemos criando condições que apoiarão nosso caminho para o despertar e a liberação.

Agora, por causa de nossos fortes hábitos, vemos as coisas de um certo modo. Então, quando nós somos introduzidos a um modo alternativo de ver, que não é familiar, nossa tendência é voltar em busca do que nos é conhecido. Assim, não podemos usar esses métodos do modo mais produtivo. É apenas pela repetição - mais e mais vezes - que algo novo torna-se familiar, torna-se natural, até que nossa percepção avança; então nos descobrimos começando a ver as coisas de modo diferente.

Dessa  forma, reagiremos de um modo diferente ao que vemos ou possivelmente não reagiremos, mas apenas descansaremos no espaço aberto da natureza de nossas mentes, livres de todas as fabricações mentais. É um sentimento de finalmente voltar para casa, voltar para o que é natural - nossa própria natureza de sabedoria.

Por favor continuem indo aos encontros do grupo, pois necessitamos do suporte um do outro, especialmente para aqueles que tem o mesmo desejo de liberar todos os seres do sofrimento e de sua causa. Lembrem-se que o caminho é nossa confusão, então isso nem sempre pode ser fácil. Mas se vocês continuarem, verão que é o mais profundo modo para beneficiar a vocês mesmos e aos outros. Amor a todos, Ani Zamba
(Mensagem de Ani Zamba ao Grupo Dipamkara Natal em abril de 2010, publicada no site anizamba.org)

Original em Inglês:

As cinco fortalezas inabaláveis - Phakchok Rinpoche


Exercitem isso. É muito útil para as pessoas o conhecimento desses métodos profundos, pois faz com que as suas práticas funcionem e que adquiram resultados positivos. Com Amor, Ani Zamba.

"Caros amigos,

Espero que todos vocês estejam felizes e saudáveis. Essa está sendo a primeira mensagem do dia de Guru Rinpoche do ano de 2011, e para começar o ano auspiciosamente, eu gostaria de compartilhar com você As Cinco Fortalezas Inabaláveis, que é a chave para todos os praticantes do Dharma.

As Cinco Fortalezas Inabaláveis

As Cinco Fortalezas Inabaláveis são extremamente importantes para todos os praticantes do Dharma. Se você não as possui, então isso significa que de fato você não está fazendo as coisas muito bem...

Clique no link abaixo e continue lendo...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Qual a nossa dificuldade na prática diária?


Pergunta: Por que muitas vezes é tão difícil praticar na vida diária? Seria isso falso contentamento?

Ani Zamba: É importante contemplar os 4 pensamentos já que eles são um grande suporte para direcionar nossas mentes  ao dharma. Nós não apreciamos a oportunidade que temos agora, e quão rara e preciosa ela é, ou quão raro é encontrar tais circunstâncias na duração da vida. Nós não valoramos o que temos porque estamos muito ocupados olhando para o que não temos, acreditando que aquilo é a resposta ao que estamos procurando.

Não vemos quão frágil nossas vidas são e quão impermanente é a verdade que condiciona todas as coisas. Nós não acreditamos no karma - não enxergamos que nossas experiências do passado deixam impressões que condicionam nossa experiência presente, e que nossa reação à experiência atual cria condições para que nossa experiência futura apareça de formas especificas. 

Não compreendemos que nossa forma dualista de ver a vida é a causa raiz de todo nosso sofrimento, físico e psicológico. É apenas vendo e reconhecendo nossa verdadeira natureza não dualista que estaremos livres de todas as nossas dificuldades e problemas.

Sem realmente compreendermos onde procurar as respostas, então por que deveríamos querer praticar todos os dias [?]- não haveria razão.

Apenas depois que verdadeiramente entendermos o que estamos fazendo, e porque devemos praticar esses métodos profundos - estaremos então motivados a usar toda oportunidade que se apresente em nossas vidas diárias. Como nós começamos a ver que não há tempo a perder - cada momento é uma oportunidade para crescer e ser livre. Quando estivermos livres, teremos a capacidade de ajudar os outros a se libertarem dessas mesmas tendências neuróricas que agora sofremos.
Amor, Ani Zamba

(Mensagem enviada em 13 de janeiro de 2011, como resposta a questionamento do Grupo Dipamkara Maceió)

Original em inglês:

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



O propósito da reflexão sobre a morte é gerar uma real mudança no fundo de nossos corações. Muitas vezes isso exigirá um retiro, ou um tempo para profunda contemplação, pois apenas aquilo poderá verdadeiramente nos abrir para ver o que estamos fazendo com nossas vidas. A Contemplação da morte vai nos trazer um verdadeiro sentido do que chamamos "renúncia". Em tibetano "nge-jung". Nge significa "verdadeiro" ou "definitivamente" e jung "sair", "emergir", "nascer". O fruto da contínua e profunda reflexão sobre a morte é que você descobrirá emergindo (em você mesmo) um sentido de desgosto, de seus padrões habituais. Você se descobrirá mais disposto a deixá-los ir, e, no final, estará preparado para liberar a si mesmo deles, suavemente. Os mestres dizem: "como tirar um cabelo de uma placa de manteiga".
(Mensagem de Ani Zamba em 26 de janeiro de 2010, no site anizamba.org)


Texto original (em inglês):

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Wave

Uma onda no oceano, vista sob um aspecto, tem uma  identidade distinta. Um fim e um começo, um nascimento e uma morte. Vista de outra forma, a onda ela mesma não existe realmente, mas é apenas o comportamento da água, "vazio" de qualquer identidade separada, embora "completamente" de água. Então, quando você realmente pensa sobre a onda, você percebe que ela é algo que foi temporariamente possível pelo vento e água, e é dependente de um conjunto de circunstâncias em constante mutação. Você também percebe que toda onda está conectada às demais ondas.
(Mensagem de Ani Zamba publicada em 3 de fevereiro de 2010, no site anizamba.org)
Texto original em inglês:

domingo, 9 de janeiro de 2011

Um ano sem lamentações

Eu espero que vocês estejam indo bem, o que realmente depende de aplicarmos os ensinamentos na nossa forma de ver a vida. De outro modo, como nós bem sabemos, seremos seduzidos pelos nossos antigos e confusos hábitos de percepção, que resultam em mais confusão e em uma miríade de tendências neuróticas. Desafortunadamente, essas tendências manifestam-se como nosso sofrimento.
A boa notícia é que nós não temos que sofrer - nós precisamos apenas enfraquecer as causas e condições que resultarão nesse tipo de experiência, e, finalmente, exauri-las ou eliminá-las. Então não há forma de ser infeliz - e não precisa de alguém para desejar um feliz ano novo, já que nunca poderia ser diferente.
(Mensagem de Ani La para Dipamkara Recife, em 29.12.2010, publicada no site anizamba.org)
Original em inglês:

sábado, 8 de janeiro de 2011

O Custo das Ilusões


Ilusões não são amedrontadoras porque não são reais.

Elas apenas parecem ser amedrontadoras enquanto
Você não consegue reconhecê-las pelo que elas são
E você não conseguirá fazê-lo enquanto
Você quiser que elas sejam reais.
Ilusões são investimentos.
Elas durarão enquanto você der valor a elas.
O único jeito de afastar as ilusões
É tirar-lhes todos os investimentos.
Projeções criam a percepção
E você não pode ver além dela.
Vezes e após vezes você atacou seu irmão
Porque você viu nele
A sombra de seu próprio mundo íntimo.
Você ataca no presente em retaliação
A um passado que não existe mais,
E essa decisão é a decisão por uma dor futura.
A menos que você aprenda que a dor passada é uma ilusão,
Você estará escolhendo um futuro de ilusões
E perdendo muitas oportunidades de libertar-se no presente.
Toda ilusão é um ataque à verdade.
Toda ilusão é uma ilusão de medo, não importa que forma ela tome.
Você tem pago muito alto pelas suas ilusões
E nada do que você pagou lhe trouxe paz.
Deixe que o perdão repouse sobre os seus sonhos
E retorne à sanidade e à paz interior.
Sem perdão seus sonhos continuarão a aterrorizá-lo.
Você não pode sonhar alguns sonhos e acordar de outros,
Pois você só pode estar ou dormindo ou acordado,
E sonhar acompanha apenas um desses.
Os sonhos que você pensa que gosta o atrasariam
Tanto quanto aqueles que o atemorizam.
Libertar-se não depende do sonhar
Mas apenas do despertar.
Arranje tempo hoje para afastar-se dos sonhos
E aproximar-se da paz.

(poema da Venerável Zamba Chözom,
traduzido por Vitor Ribeiro e publicado no site http://shenphencholing.blogspot.com/2009/11/o-custo-das-ilusoes-poema.html)


Cura com a energia da natureza

Retiro em Maceió (Sítio Carababa, 2009)
A verdadeira fonte e a meta final do despertar espiritual está na mente, não na natureza. No entanto, a natureza pode ser um grande conforto para nós. Apreciá-la nos dá uma oportunidade imediata e direta de deixarmos a nós mesmos e nossas preocupações. É preciso tão pouco esforço para nos abrirmos à natureza. Simplesmente abrindo nossos olhos e sentidos, a pura beleza do mundo natural é capaz de nos aproximar do que é natural em nossos corações. Quando o estado desperto se abre, somos levados à verdadeira natureza da nossa mente. 
(Mensagem de Ani Zamba de janeiro/2010, publicada em anizamba.org)


Original em inglês:

A raiz da ignorância

O Buda reconheceu que a ignorância quanto à nossa própria natureza é o caminho de todo tormento no samsara; e a própria raiz da ignorância é a tendência da mente à distração. Finalizar a distração da mente seria o fim do samsara; a chave para isso, ele percebeu, é trazer a mente para casa, que é nossa própria natureza, através da prática da meditação.
(Mensagem de Ani Zamba, publicada em 12 de junho de 2010, em anizamba.org)


Original em inglês:

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Podcasts com Ani Zamba

No site http://anizamba.podbean.com/ podemos encontrar alguns ensinamentos de Ani La, em inglês. 

Possam todos os seres ser beneficiados.

Percepção


"Temos de entender o fato de que todos os ensinamentos do Buda e dos grandes mestres dizem respeito à percepção – à maneira pela qual vemos a vida, como a enxergamos; quais condições, no que tange a nossas vidas, produzem quais tipos de resultados. 
 
O que é a vida, senão condições mutantes a surgirem e cessarem, passando tão rápido que o que se apresenta a nós é um fluxo de consciência manifestando-se como várias imagens, interpretadas por nossos condicionamentos prévios como sendo uma coisa assim e tendo um valor tal. Condicionados a aceitar algumas coisas e rejeitar outras, a reagir com todas as nossas esperanças e medos; nossos conflitos emocionais. Todo este incessante sobe e desce, aparentemente causado por algum estímulo externo, não é outra coisa senão a dança da nossa própria mente interagindo com aquilo que cremos estar acontecendo; a fantástica criatividade de nossa própria imaginação.


Por favor, não pensem que o assim chamado Caminho é uma coisa outra, senão a maneira pela qual enxergamos esta coisa denominada "Vida". Todo e qualquer instante disto que chamamos de experiência, é apenas a ideia de alguma coisa percebendo algo. Não é assim, a percepção? Aquilo que vemos condiciona a maneira como reagimos: se virmos algo como desejável, vamos persegui-lo; se algo aparentar ser indesejável, vamos nos afastar disso. O que é este algo, senão as peripécias de nossas próprias mentes?
 
Precisamos da convicção e confiança de entendermos o Caminho, aquilo que estamos fazendo e o porquê de estarmos fazendo. Caso contrário, como poderemos um dia nos tornarmos livres?
 
Talvez a liberdade não seja o que estamos procurando, a liberação não seja o que buscamos. Precisamos investigar o significado desta palavra.

com amor, AZ
"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Retiro com Ani Zamba no Sítio Carabara, 2009.

A importância da motivação


A motivação é tão importante porque ajuda a orientar nossa forma de ver as coisas[:] por que nós estamos fazendo o que estamos fazendo? Auxilia a ajustar os nossos sistemas de valor ao que é realmente importante em nossas vidas; e como vamos conseguir o que realmente valorizamos. Ela nos dá direção, e nós podemos colocar um pé na frente do outro e passar por um processo positivo, que nos ajuda a mudar nossa percepção, de modo que se torna mais coerente com a verdade.

A verdade dos fenômenos não nos permite construir condições que resultarão em sofrimento, mas nos permite ver mais claramente o despertar de nossa própria natureza de sabedoria em cada passo do caminho. Por que estou aqui para trabalhar com a minha confusão [?] Porque minha confusão é a fonte do meu sofrimento e a fonte de sofrimento dos outros. Se pudermos eliminar as condições que resultam em nosso próprio sofrimento, vamos ser capazes de ver claramente como funciona o caminho para os outros também. O nosso caminho é a nossa confusão; sem confusão então não haveria necessidade de um caminho. Reconhecemos a coisa mais importante na nossa vida, a maneira mais profunda de trazer a verdadeira felicidade, que está em trabalhar com nossa própria percepção, mudando a maneira como vemos as coisas em nossas vidas.
(Mensagem de Ani Zamba em março, 2009)

Texto original (em Inglês):

Ensinamento de Dzongsar Rimpoche

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mindfull clock


Em nossa vida diária é normal estarmos envolvidos em vários afazeres, e com o pensamento em outros tantos. O programa mindfulness clock, disponibilizado gratuitamente no site abaixo, é uma boa oportunidade para exercitar a atenção plena, o estar presente no momento atual. De tempos em tempos ele emite um som para nos lembrar de estar no aqui e agora. Talvez parar um pouco o que estamos fazendo e simplesmente, como diz Ani La, "deixar ir, deixar ser".

"Difícil quando nós dependemos de alguma coisa além de nós mesmos para sermos felizes. Isso significa que nossa felicidade é muito frágil, porque depende de alguma coisa que é mutável todo o tempo." Ani Zamba Chözom (outubro, 2009)
Ensinamentos em Maceió
Texto original em Inglês:

Relaxamento: trabalhar com o que surge


Pergunta: Na reunião anterior foi discutido o tema foco e descanso, e sobre o espaço entre dois pensamentos. Surgiu questionamento acerca da necessidade de descansar nesse espaço, objetivando ampliá-lo progressivamente. Foi sugerido que nossa prática semanal em grupo, e mesmo a pessoal, tivesse esse enfoque. O que você poderia dizer a esse respeito?

Resposta: “Maravilhoso ouvir isso, pelo menos as pessoas estão praticando.
Assim, a chave é o relaxamento. Trabalhar com o que está surgindo, e não apenas com o espaço entre dois pensamentos, mas, verdadeiramente, perceber o surgir, o permanecer e o cessar de cada momento, ver a natureza transitória das coisas.

Seja o que for que surja, ver as condições mudando, mais e mais. Ao mesmo tempo, nós veremos que a natureza subjacente não está mudando. Como o espaço entre dois pensamentos ou dois momentos entre as condições mutáveis não está mudando. Veremos que nesta natureza nós podemos confiar, que ela está sempre lá para nós percebermos.

Portanto, não há necessidade de fixar, basta deixar tudo como está, movimento como movimento, quietude como quietude, e nós veremos que existe sempre quietude no movimento e movimento na quietude. O espaço está sempre lá, mesmo quando há pensamento há espaço, se nós não nos identificamos com os pensamentos, nós poderemos apenas descansar na natureza espaçosa do nosso próprio ser. Está claro?”
(mensagem de Ani Zamba, outubro de 2010)

Texto original (em inglês):

Então, como fazer de 2011 realmente um ano feliz?


Queridos amigos,
Primeiro temos que nos perguntar: o que realmente queremos ver acontecer em 2011? Então, como fazer para que isso aconteça?
Nós precisamos checar nossos sistemas de valor e ver se eles realmente trabalham para nós, no sentido de: se nós seguirmos essas idéias particulares, elas verdadeiramente nos levarão a ter os resultados que nós queremos ou não?
Primeiro esta palavra “felicidade” é o que nos queremos - ser felizes? Nós realmente sabemos o que é “ser feliz”? Mesmo quando somos considerados felizes, estamos felizes ou está o sentimento de que ainda existe alguma coisa faltando, ainda persistindo, e também o sentimento que se e quando nós conseguirmos uma coisa ignorada - só então é que nós poderemos na verdade ser realmente felizes.
O que é este sentimento de ser feliz que nos parece tão sedutor[?]. É apenas um momento no tempo ou é alguma coisa que deveria permear nossa vida [?]- ou talvez seja uma maneira de ver a vida[?].
De que depende essa felicidade? Ela tem que depender de alguma coisa que nós consideramos felizes em nossa vida? Poderiamos sempre ter coisas da maneira que desejamos que elas sejam? Isto é o que nós procuramos a fim de sermos felizes? Ter as coisas sempre da forma que desejamos que elas sejam? Nós na verdade sabemos como queremos que as coisas sejam? Se nossa felicidade depende de certas coisas - o que acontece quando aquelas coisas não estão em torno de nós?
Isso significa que nosso sentido de felicidade tem que voar para longe também? Considere: o que realmente queremos deste novo ano a fim de fazê-lo um feliz ano novo para você mesmo e os outros?
É útil examinar: o que nós realmente queremos e por quê? E também se nós na verdade conseguirmos isso - será que vai realmente nos trazer os resultados que estamos procurando?
Economiza muito tempo e energia quando vemos mais claramente o caminho que precisamos seguir para obter o que realmente sentimos ser necessário para realizar nossas aspirações, você não acha? Ou talvez seja melhor seguir cegamente esta idéia de felicidade e não saber o que é ou como encontrá-la, ou até mesmo se merece todo o tempo e esforço para obtê-la - se é apenas um momento fugaz no tempo? o que é isso que estamos procurando?
Apenas alguns pensamentos para o novo ano, para ver o que poderia significar ser feliz e ter um ano novo feliz.
Amor a todos, Ani Zamba
(27.12.2010 - postada no Grupo Ani Zamba Brasil)
Mensagem original (inglês):

Mensagem enviada por Ani La no final de 2010. Oportunidade de refletir um pouco e checar nossa motivação para o ano que se inicia.