segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aprender como morrer é aprender como viver


"Aprender a morrer é aprender a viver: aprender a viver é aprender a agir, não só nesta vida, mas nas próximas vidas também. Transformar-se verdadeiramente e aprender a renascer como um ser transformado para ajudar os outros, isso é realmente ajudar o mundo da maneira mais poderosa de todas. 

Ousemos imaginar como seria viver em um mundo onde um grande número de pessoas aproveitassem a oportunidade proporcionada pelos ensinamentos para dedicar, seriamente, parte de suas vidas à prática espiritual, para reconhecer a natureza de suas mentes, aproveitando a opotrtunidade de suas mortes para se aproximar do Estado Búdico e renascer com um objetivo: servir e beneficiar aos outros."

(Mensagem enviada por Ani Zamba ao site anizamba.org, em 21 de dezembro de 2009, traduzida por Bruno)

 

Ambiente de Retiro

Retiro no Sitio Carababa - AL

"Querido amigos,

Se estamos dispostos a usar inteiramente nosso tempo juntos, é importante compreender as dinâmicas de um ambiente de retiro. Nossa motivação de praticar deve ser forte, não apenas para irmos juntos a alguma reunião social, mas para um compromisso de esforço em praticar o mais que pudermos.

Isso é necessário para familiarizar nossa percepção com a possibilidade de ver as coisas de modos diferentes. Sem a familiarização, que vem através da repetição, várias e várias vezes, isso jamais surgirá como algo natural. Provavelmente retornaremos a nossos velhos hábitos de percepção, porque eles parecem mais familiares, e, de uma forma estranha, mais confortáveis, mesmo que resultem em nosso sofrimento de novo e de novo.

Lembre que nossa percepção no presente é baseada em hábitos e tendências, que agem como filtros distorcendo a forma como as coisas aparecem para nós. Frequentemente temos um lampejo de percepção pura, quando então podemos ver a verdade do fenômeno. Em geral apenas vemos como as coisas aparecem  na dependência de certas condições.

Essas condições ou impressões vêm de nossas reações passadas à informação que chega através de nossos sentidos. Então, é necessário compreender que elas são nossos preconceitos, que tornam nossa percepção presente o que ela é.

Nossa prática é enfraquecer esses hábitos de percepção, introduzindo a possibilidade de ver de um jeito diferente. Quanto mais confiança temos na possibilidade de mudar a forma como enxergamos, a forma como experienciamos e a forma que reagimos, então começamos a nos responsabilizar pelo que acontece em nossas vidas.

Supõe-se que esse tempo juntos em retiro dê a confiança e a coragem para usar essas comprovadas ferramentas/métodos habilidosos que tenham sido dados. A menos que voce tenha confiança e coragem, você não os aplicará em sua vida diária.


O silêncio oferece a oportunidade de praticar mais se utilizarmos esse tempo considerando que a conversa fútil constante, sobre isso e aquilo, ocupa aquela oportunidade que teríamos, mas que não aproveitamos, para observar nosso próprio processo mental.

Sabemos que não e fácil o que estamos fazendo - que não é nossa motivação encontrar um modo fácil de sair, porque sabemos que não é fácil sair de nossos hábitos e tendências neuróticas - precisamos encarar nossa própria insegurança e o como ela se manifesta como todas as subidas e descidas da vida.

Heloisa veio para nos ajudar a estabelecer diferentes projetos que estamos tentando implementar no Monte Azul - é de grande ajuda ter alguém com suas habilidades. Também Fabiani, outro amigo que acabou um período de dez dias do curso de Vipassana, veio para ajudá-la a escrever os projetos. Algumas poucas pessoas comprometidas com energia positiva fazem as coisas aqui ganharem uma grande diferença.

Estamos aqui trabalhando não apenas para estabelecer um ambiente físico, que vai dar suporte para nossa prática, mas um ambiente psicológico que orientará a forma como enxergamos a vida: nem sempre procurando por aquele objeto ilusório que parece faltar em nossas vidas, mas buscando perceber o que temos agora - esse tesouro agora mesmo. Quanto mais você tem a aspiração de ver claramente, quanto mais você valoriza sua própria natureza desperta, então, mais você orienta suas condições de vida para realizar isso.

(...)

Amor a todos, Ani Zamba"

( Mensagem enviada por Ani Zamba ao Yahoo Groups em 18 de outubro de 2009 )