"Temos de entender o fato de que todos os ensinamentos do Buda e dos grandes mestres dizem respeito à percepção – à maneira pela qual vemos a vida, como a enxergamos; quais condições, no que tange a nossas vidas, produzem quais tipos de resultados.
O que é a vida, senão condições mutantes a surgirem e cessarem, passando tão rápido que o que se apresenta a nós é um fluxo de consciência manifestando-se como várias imagens, interpretadas por nossos condicionamentos prévios como sendo uma coisa assim e tendo um valor tal. Condicionados a aceitar algumas coisas e rejeitar outras, a reagir com todas as nossas esperanças e medos; nossos conflitos emocionais. Todo este incessante sobe e desce, aparentemente causado por algum estímulo externo, não é outra coisa senão a dança da nossa própria mente interagindo com aquilo que cremos estar acontecendo; a fantástica criatividade de nossa própria imaginação.
Por favor, não pensem que o assim chamado Caminho é uma coisa outra, senão a maneira pela qual enxergamos esta coisa denominada "Vida". Todo e qualquer instante disto que chamamos de experiência, é apenas a ideia de alguma coisa percebendo algo. Não é assim, a percepção? Aquilo que vemos condiciona a maneira como reagimos: se virmos algo como desejável, vamos persegui-lo; se algo aparentar ser indesejável, vamos nos afastar disso. O que é este algo, senão as peripécias de nossas próprias mentes?
Precisamos da convicção e confiança de entendermos o Caminho, aquilo que estamos fazendo e o porquê de estarmos fazendo. Caso contrário, como poderemos um dia nos tornarmos livres?
Talvez a liberdade não seja o que estamos procurando, a liberação não seja o que buscamos. Precisamos investigar o significado desta palavra.
com amor, AZ"
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