terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As cinco fortalezas inabaláveis - Phakchok Rinpoche


Exercitem isso. É muito útil para as pessoas o conhecimento desses métodos profundos, pois faz com que as suas práticas funcionem e que adquiram resultados positivos. Com Amor, Ani Zamba.

"Caros amigos,

Espero que todos vocês estejam felizes e saudáveis. Essa está sendo a primeira mensagem do dia de Guru Rinpoche do ano de 2011, e para começar o ano auspiciosamente, eu gostaria de compartilhar com você As Cinco Fortalezas Inabaláveis, que é a chave para todos os praticantes do Dharma.

As Cinco Fortalezas Inabaláveis

As Cinco Fortalezas Inabaláveis são extremamente importantes para todos os praticantes do Dharma. Se você não as possui, então isso significa que de fato você não está fazendo as coisas muito bem...

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1. Ganhando confiança na Visão

Muito de nós, quando praticando o Dharma, estamos tão ocupados fazendo coisas - de maneira física - no mundo do Dharma. Coisas como a oferenda de lamparinas, circumambulações, lendo muitos textos, fazendo várias práticas diárias diferentes, e enquanto estamos fazendo isso, o nosso precioso tempo vai se esgotando. Embora o tempo não seja desperdiçado em estar-se fazendo algo desnecessário, e ao mesmo tempo empenhando-se nessa "atividade Dármica", nós algumas vezes perdemos o foco referente ao ponto básico de estar fazendo tudo isso - e conseqüentemente vamos nos afastando completamente do processo de adquirir confiança e certeza na visão, e reconfirmando essa Visão.

Todos os primeiros mestres disseram isso muitas vezes. Tilopa disse que quando você perdeu a Visão Correta a sua prática não existe mais. Você pode ser muito devoto e possuir muita Fé, mas você não irá ter uma prática correta porque lhe falta confiança na visão correta. Então a primeira coisa mais importante é possuir a Certeza na Visão.

Como conseguir isso?
Reexaminando suas emoções, seu ego, "Eu", sua mente que julga.

Por que minha mente que julga trabalha tão bem?
Porque eu não estou reafirmando meu entendimento da ausência de ego.

Por que minhas emoções negativas estão funcionando tão bem?
Porque, eu não estou reafirmando meu entendimento da ausência de ego.

Por que eu estou tão mal-humorado?
Porque você realmente esqueceu-se de reafirmar a ausência do ego, a abnegação.

Por que não conseguimos ter uma compaixão que seja livre de julgamento?
Porque nos falta uma compreensão da ausência do ego.

Por que não conseguimos ter confiança no aspecto vazio?
Porque não conseguimos ganhar confiança na ausência do Ego. É por isso.

Ao praticar a Deidade, por que você a vê como verdadeiramente existente?
Porque você não possui entendimento da ausência do ego.

Então, qualquer prática que estiver fazendo, gaste ao menos algum tempo para reinvestigar suas emoções, seu "Eu", seus julgamentos, seus apegos, suas ansiedades. Isso é ganhar Certeza na Visão e significa que você está gerando uma Fortaleza Inabalável da visão.


2. Tornando-se não distraído na meditação

Falamos sobre meditação o tempo todo. Essa meditação, aquela meditação. Shamatha, Vipashyana, Mahamudra, meditação do Estágio do Desenvolvimento, no Treinamento da mente, no Caminho do Meio, na Grande Perfeição! Mas seja qual for a meditação que estiver fazendo, nós falamos sobre cinco estágios: movimento, realização, a familiarização, estabilidade e perfeição. A primeira é como uma cachoeira, a segunda é como o desfiladeiro de um rio, a terceira como um rio calmo, a quarta como um oceano sem ondas e a quinta como uma montanha inabalável. De fato, essas experiências são medidas.

Medidas de quê? Medidas de distração. Ter maior distração é a primeira experiência, a da cachoeira; tendo um pouco menos de distração é a experiência do desfiladeiro de um rio. Mais uma vez, quando você está um pouco mais calmo e quando as distrações grosseiras tiverem desaparecido, mesmo ainda havendo distrações sutis, essa é a experiência do oceano sem ondas, e quanto mais menores distrações essa é a experiência da montanha. Então quando você fizer meditação, você deve saber que a Fortaleza Inabalável da meditação é a não distração.

3. Conduta

Os praticantes do Dharma devem ter uma boa conduta. Conduta é muito importante; em um nível mais simples podemos dizer que é não fazer coisas prejudiciais para si e para os outros e fazer coisas para beneficiar os outros e si - mesmo. Basicamente é não prejudicar os outros física, verbal ou mentalmente. É basicamente possuir atenção plena à sua conduta.

No espelho da atenção plena, meu mestre Nyoshul Khen Rinpoche disse: "Quando você não possui atenção plena, você é um pote de merda. Quando você não tem nenhuma atenção plena, você é um corpo morto."

Para esclarecer a citação do Rinpoche, não importa o quanto você se limpa com escovação ou lavagem, se você não estiver com atenção plena na sua conduta, você vai estar sempre carregando aquela merda e portanto sempre cheirando a merda.  Tudo isso é o feito dessa "mente deludida" que nós agarramos do "o que é" para "o que não é", e assim vemos o que é impuro como puro, vemos o que é impermanente como permanente, do que é egoísta como ter altruísmo, e do que é doloroso como prazeroso.


Então, como podemos trabalhar com essa delusão?
Praticando a atenção plena.

Como praticar a atenção plena na conduta?
Ao lembrar-se. Não observando, mas lembrando-se de que o que quer que esteja fazendo, não esquecer o que o Buddhadharma realmente é. Quando você circunda por uma estupa do Buda em Boudhanath, lembre-se de que você está andando ao redor da estupa para domar sua mente. Lembre-se que "Estou estudando para alcançar a iluminação, para domar a minha mente". O que quer que você esteja fazendo, você precisa se lembrar do núcleo central do ensinamento do Buda; Essa é a conduta real, como manter essa conduta pura. Então por favor, leve isso a sério.

Lembro de nosso último Principal mestre Khenpo Kunga Wangchuk constantemente dizendo na turma de graduação, "Se você não pode ajudar o Dharma, ao menos não prejudique o Dharma. Tenha isso em mente. Não pense que você está agindo sozinho. Individualmente, você é um pilar do Dharma. Individualmente, você representa o Dharma. E, portanto, individualmente, sua conduta terá uma conseqüência no Dharma". Então, atenção plena na conduta é a chave.

4. Purificando obstáculos

Quando você começa a praticar o Dharma, você vai enfrentar obstáculos. Perguntei um dia a Nyoshul Khen Rinpoche: "Rinpoche, porque é assim? Sempre que eu quero fazer algum tipo de prática, eu tenho um obstáculo. Sempre que eu não quero praticar, não tenho nenhum obstáculo. Por que as coisas são desse jeito?”Por exemplo, sempre que eu inicio uma meditação, todas as minhas preocupações vêm à tona, e sempre que medito minhas respostas para essas preocupações também surgem. Sempre que eu começo a pensar, as respostas não surgem!

Quando você tem dificuldades na meditação, qual a melhor maneira para removê-las? Você pode verificar muitos métodos Mahasiddhas, muitos textos de diferentes mestres, mas ao mesmo tempo eles dizem a mesma coisa. E o que eles dizem? Devoção. Todo o tempo eles dizem isso, e nós temos dificuldade com isso. è difícil para nós praticar a devoção, mas se você olhar em algum texto, como o de Tilopa, Maitripa e assim por diante, todos eles dizem: "Visualise o Guru acima de sua cabeça cercado pelos mestres da Linhagem, suplique à eles que você receba as quatro iniciações, e pense que todos os seus obstáculos foram removidos". Em todos os manuais de meditação ensina-se a mesma coisa. Então, devoção é a chave.

Devoção é como o quê? Têm três qualidades: Confiança no Dharma, percepção pura e a lembrança da gentileza. A gentileza com os pais é extremamente importante: sua mãe manteve você por nove meses em seu ventre, deu a você o nascimento, alimentou, agasalhou e ajudou você a crescer. A bondade de nossos pais é muito importante. Mas quem ensina você a ser independente? Quem ensina você a realmente se libertar das suas emoções e sofrimento? Quem guia você através da verdade de que você pode realmente ser livre? É o Guru. Isso é a lembrança da gentileza. Então com isso também adquirimos confiança e percepção pura. Com essas três qualidades, você consegue desenvolver devoção facilmente.

5. Aumento e melhoramento da Prática através do desapego

Como aumentar e melhorar sua prática? Em primeiro lugar, porque na verdade não conseguimos melhorar tanto nossa prática? É por que nós temos tantas coisas para nos agarrar, e ficamos enganchados. Para alguém como eu, nós temos monastérios, monges, projetos e todo o planejamento que acompanha isso. Para alguns praticantes, é a prática de deidades e acumulação de méritos, para outros é a família, carros, a marca favorita, etc. Exemplo: Nesses dias eu comecei a gostar da grife Burberry. Antes eu não tinha noção do que fosse isso, mas agora eu realmente gosto, e é muito caro. Eu adoro canetas Mont Blanc também. Na verdade não há nada ali, mas eu gosto. Quando as pessoas olham para você, se você tiver uma caneta Mont Blanc, você está ok, mas se você estiver usando uma caneta nojenta, você é julgado a ser pior do que a prória caneta. Então, todo o tempo, estamos julgando e sendo julgados. E agora você acha que precisa manter tudo isso. Você começa a se prender nas coisas, sente-se atrelado, preocupado e é por isso que sua prática de meditação não tem como melhorar.

É por isso que muitos excelentes mestres do passado praticaram Pongdad (desapego). Por exemplo, eu ouvi dizer que quando Dilgo Khyentse Rinpoche chegou em Bodhgaya, na Índia, há muito tempo atrás, ele decidiu desistir de tudo por meio do pongdad. Pongdag significa literalmente desistir ou abandonar. Khenpo Ngakchung fez isso três vezes. Eu também ouvi uma história relacionada a Trulshik Rinpoche. Para mestres antigos, estátuas antigas são extremamente importante para eles. Você pode dar a eles um quilo de ouro e eles não se importam, mas eles realmente tratam como um tesouro suas estátuas antigas. Quando Trulshik Rinpoche foi Trulshik esteve recebendo iniciações de Dilgo Khyentse Rinpoche, ele limpou todo o seu seu altar ao oferecer todas as suas estátuas preciosas para ele.
No passado, eu contava todos os dias quantas coisas eu possuía, de quantas coisas eu tinha que desistir. Eu contava cada coisa com os meus dedos. Nós precisamos aprender como fazer isso, como praticar o Pongdad mentalmente, como desistir de tudo, e oferecê-lo como uma mandala de oferenda.

Muitos mestres dizem que quando você vai a um retiro, você precisa cortar as suas percepções mundanas, e então sua prática vai melhorar muito rapidamente, mas se você trouxer as preocupações mundanas com você, sua prática não irá melhorar tanto. Então eu tento dizer a mim mesmo todos os dias ao meditar, em primeiro lugar, que eu desista dos meus projetos, minha casa, tudo. É isso o que eu faço por cinco minutos. Depois disso eu dou lugar à devoção , suplico e então eu medito. Se você fizer isso, a qualidade de sua meditação irá crescer tão rápido que você ficará impressionado.

Então essas são as chamadas Cinco Fortalezas Inabaláveis ou Imutáveis do praticante do Dharma.


Confiança na Visão
Não distração na meditação
Atenção plena na conduta
Dispersando obstáculos com a devoção
Aumento e melhoramento da Prática através de Pongdag ( desapego)

Não se esqueça dessas cinco fortalezas, e tente melhorá-las. Quando você puder melhorar essas cinco coisas no seu interior, a sua prática vai melhorar. Você pode verificar centenas de textos, conhecer milhares de mestres, mas eles não vão dizer nada mais do que isso. Ao praticar, muita informação não é útil, mas uma pitada de aconselhamentos, uma chave, podem nos ajudar muito a mudar!

Felicidades a todos,
Phakchok Rinpoche"

(tradução de Fabrício Jung)

Original em Inglês:

Dear Friends,


I hope you've all been happy and healthy.  This being the first Guru Rinpoche Day message of the year 2011, and to start off the year auspiciously, I would like to share with you the Five Unshakeable Fortresses that is key for all dharma practitioners.


The Five Unshakeable Fortresses:


The five fortresses are extremely important for all dharma practitioners. If you don’t have these five, then actually it means that you are not doing quite so well...


1. Gaining Certainty in the View


Many of us when practicing the dharma are so busy doing things, physically, in the dharma world. Such as offering butter lamps, doing circumambulations, reading many texts, doing a lot of different daily practices, and while doing so, our precious time runs out. Though the time is not wasted on doing something unnecessary, but while engaging in doing these “dharmic activity”, we sometimes loose the focus or the point of doing it all and therefore completely lack in gaining certainty in and reconfirming, the view.


The earlier masters all said this so many times. Tilopa said that when you’ve lost the correct view your practice is gone. You may be very devoted and have a lot of faith, but you’re not going to have a correct practice because you lack the correct view. So the first most important thing is having certainty in the view.


How to get that?
Reinvestigating your emotions, your ego, ‘I’, your judgmental mind.


Why does my judgmental mind work so well?
Because I’m not reconfirming my understanding of egolessness.


Why are my negative emotions working so well?
Because, I’m not reconfirming my understanding of egolessness.


Why am I so moody?
Because, you forgot to reconfirm egolessness, selflessness. Really.


Why can we not have compassion that is free from judgment?
Because we lack an understanding of egolessness.


Why can we not have trust in emptiness?
Because we cannot gain trust in egolessness. That’s why.


Why when you practice the deity, do you see the deity as truly existent?
Because you have no understanding of egolessness.


So whatever practice you do, spend at least some time to re-investigate your emotions, your ‘I’, your judgment, your ego, your clinging, your anxiety. That is gaining certainty in the view and that means you are making an unshakeable fortress of the view.




2. Being Undistracted in Meditation


We talk about meditation all the time. This meditation, that meditation. Shamatha, Vipashyana, Mahamudra, the Development Stage, Mind Training, the Middle Way, the Great Perfection! But whatever meditation you do, we talk about five stages: movement, attainment, familiarization, stability, and perfection. The first is like a waterfall, the second a river gorge, the third a calm river, the fourth an ocean without waves, and the fifth like an unshakeable mountain. These experiences are actually measurements.


Measurements of what? Measurements of distraction. Having the most distraction is the first experience, the waterfall, and having a little less distraction is the river gorge. Again, when you’re a little calmer and when the rough distractions are gone, but subtle distractions are still there, it is the calm river. If you have less subtle distraction, that’s the ocean without waves, and even less, the mountain. So when you do meditation, you should know that the unshakeable fortress of meditation is non-distraction.




3. Conduct


Dharma practitioners should have a good conduct. Conduct is very important and on a simple level, we can say not doing harmful things to oneself and others and doing things to benefit others and oneself. Basically not harming others physically, verbally, or mentally. Bottom line; always being mindful of your conduct.


In the Mirror of Mindfulness, my master, Nyoshul Khen Rinpoche said, “When you don’t have mindfulness, you are a shit pot. When you don’t have any mindfulness, you are a dead body.”


To clarify Rinpoche’s quote, no matter how much you clean yourself, with brushing or washing, if you are not mindful of your conduct, you are always carrying that shit around and therefore you are always going to smell of shit no matter what. It is all the works of this “deluded mind” that we grasp to “what is” to “what is not” and therefore see unclean as clean, to what is impermanent as permanent, to what is selfless as having self, and to pain as pleasure.


So how can we work with this delusion?
By practicing mindfulness.


How to practice mindfulness in conduct?
By reminding. Not watching, but reminding yourself in whatever you do, to not forget what the buddhadharma really is. When you walk around the Buddha’s stupa in Boudhanath, remind yourself that you are walking around it to tame your mind. Remind yourself, “I am studying for enlightenment, to tame my mind.” Whatever you do, you need to remember the main core of the Buddha’s teaching; that is real conduct, how to keep conduct well. So please take it to heart.


I remember our late principal, Khenpo Kunga Wangchuk constantly telling the graduating class, “If you cannot help the dharma, at least don’t harm the dharma. Keep that in mind. Don’t think that you are acting alone. Individually, you are a pillar of the dharma. Individually, you represent the dharma. And therefore individually, your conduct will have a consequence on the dharma." So mindfulness in conduct is the key.




4. Clearing Away Obstacles


When you start practicing the dharma, you’re going to face obstacles. I asked Nyoshul Khen Rinpoche one day, “Rinpoche, why is it like this? Whenever I want to do some kind of practice, I have an obstacle. Whenever I don’t want to do practice, I have no obstacle. Why is it like this?” For example, whenever I start meditating, all my worries come up and whenever I meditate my answers to those worries also come. Whenever I start thinking, the answers don’t come!


When you have difficulties in meditation, what is the best way to remove them? You can check many Mahasiddhas’ methods, many different masters’ texts, but all the time they say the same thing. What? Devotion. All the time they say this, and we have difficulty with that. It’s difficult for us to practice devotion, but if you look in any text, by Tilopa, Maitripa and so on, they all say, “Visualize the guru above your head surrounded by the lineage masters, and supplicate to them, receive the four empowerments, and think that your obstacles have all been removed.” In all the meditation manuals it teaches the same thing. So devotion is key.


What is devotion like? It has three qualities: certainty in the dharma, pure perception, and remembering the kindness. Parents’ kindness is extremely important: your mother keeps you for nine months in her womb, gives birth to you, feeds and clothes you, and helps you grow up. Our parent’s kindness is very important. But who teaches you to be independent? Who teaches you to actually be free from your emotions and suffering? Who guides you towards the truth so that you can actually be free? It’s the guru. That is remembering the kindness. Then we also have certainty and pure perception. With these three qualities, you can develop devotion easily.




5. Enhancement


How to enhance or improve your practice? First of all, why actually can we not improve our practice that much? It is because we have so many things to hold on to, and to get hooked with. For someone like me, we have monasteries, monks, projects, and all the planning that goes along with it. For some practitioners, it’s deities and accumulating merit, and for some, families, cars, your favorite brand, etc. These days, I’ve started liking the brand Burberry. Before I didn’t even know what it was, but now I really like it, and it’s very expensive. I love Mont Blanc too. There’s nothing there actually, but I like it. When people look at you, if you’re wearing a Mont Blanc pen, you’re okay, but if you’re wearing a lousy pen then you are judged to be worth just that. So all the time, we are judging and being judged. And now you feel you need to keep up to that. You start holding onto things, getting attached, worrying, and that’s why our meditation practice cannot improve well.


That’s why many great masters of the past practiced pongdag. For example, I heard that when Dilgo Khyentse Rinpoche reached Bodhgaya in India, a long time ago, he decided to give everything up through pongdag. Pongdag literally means to give up or to abandon. Khenpo Ngakchung did this three times. I also heard a story about Trulshik Rinpoche. For old masters, old statues are extremely important for them. You can give them a kilo of gold and they don’t care at all, but they really treasure their old statues. When Trulshik Rinpoche was receiving empowerments from Dilgo Khyentse Rinpoche, he cleaned out his entire altar by offering all of his precious statues to him.


In the past, I would count everyday how many things I owned, how many things I had to give up. I would count each thing on my fingers. We need to learn how to do this, how to practice pongdag mentally, to give up everything, and offer it as a mandala offering.


Many masters say that when you go to retreat, you need to cut your worldly perceptions and then your practice will improve very fast, but if you bring worldly concerns with you then your practice won’t improve as much. So I try to tell myself everyday when doing meditation, first of all, to give up my projects, my house, everything. This is what I do first for five minutes. After that I give rise to devotion and supplicate and then I meditate. If you do that, your meditation will improve so fast that you will be amazed.


So these are called the five unchanging fortresses of the dharma practitioner.


Certainty in the view
Non-distraction in meditation
Mindfulness in conduct
Dispelling obstacles with devotion
Enhancing through pongdag


Don’t forget these five, and try to improve them. When you can improve these five things in yourself, your practice is going to improve. You can check a hundred texts, meet a thousand masters, but they are not going to say anything more than this. When practicing, too much information isn’t that helpful, but one pithy piece of advice, a key, can help us change a lot!




Sarva Mangalam,
Phakchok Rinpoche

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