domingo, 27 de fevereiro de 2011

Depressão


Pergunta: Querida Ani Zamba, Como nós podemos evitar de cair em depressão quando começamos a enxergar mais claramente que o nosso sofrimento é causado apenas por nós e por nossa mente? Isso tem sido muito pesado para mim.

Resposta: "Olá. Eu consideraria que isso é uma boa notícia. Entender que nós mesmos criamos nossas próprias experiências significa que nós também podemos não criá-las, ou desconstruir as condições que produzem a confusão e o sofrimento.

Primeiro devemos enxergar o mecanismo que distorce nossos hábitos de percepção.  Que sempre temos uma inclinação para tornar as coisas sólidas, substanciais e aparentemente existentes por si mesmas, como se não existissem condições prévias para vermos e experimentarmos a vida agora.

A vida simplesmente acontece e a minha percepção não tem nada a ver com isso? Sério?

Por qual sentido experienciamos a depressão? Pelos olhos? Nós vemos a depressão? Ouvimos a depressão? Sentimos o gosto da depressão? Tocamos a depressão, sentimos como uma sensação corporal? Pensamos a depressão? Se nós podemos apenas "pensar" a depressão, experimentá-la na mente, então qual "pensamento" é a depressão, já que os pensamentos estão se movendo o tempo todo? Qual desses pensamentos nós podemos dizer que é a depressão, e quem é esse que está se sentindo deprimido? O que é e onde está? Tem uma forma? Tem uma cor ou uma substância que é imutável?

Se realmente queremos entender a natureza ilusória de nossas experiências, então precisamos investigar as condições que criam a forma como percebemos os fenômenos. 

O que nos faz crer em um objeto chamado depressão e um sujeito que a experiencia? ambas as idéias implicam em acreditar que há duas entidades congeladas, em vez de incontáveis condições mutáveis. 

Nós realmente queremos ver a verdadeira natureza dos fenômenos? ou estamos apegados aos nossos hábitos de percepção que causam a confusão e o sofrimento? Talvez esse padrão de comportamento nos dê respostas, talvez faça com que nos sintamos mais seguros na nossa ilusão de auto-existência.

Nós queremos realmente acordar? Talvez o sonho seja mais sedutor, mesmo que ele nos traga dor e sofrimento.

Se não existem fenômenos objetivos, então como pode um sujeito percebê-los?

Nós temos que constantemente recriar um objeto para que o sujeito possa existir. Depressão é apenas um desses muitos objetos ilusórios que ajudam a confirmar nossa aparente auto-existência.

Observe as condições que são necessárias para que se experiencie qualquer coisa na nossa vida, e, lentamente, a sensação de solidez, que é causada pela fixação dualista, irá se dissolver. Então, quando começamos a relaxar o corpo, fala e mente, descobrimos que o espaço aberto e desperto revela-se por si só mais e mais. Tente isso.

Amor, Ani Zamba"

(Mensagem enviada por Ani Zamba ao grupo yahoo, em 15 de setembro de 2005)

Mensagem em inglês (original):


Hi there,

Good to hear from you. I would think this was good news- understanding that we created all our experience means that we can also uncreate them or deconstruct the conditions that produce the confusion and suffering.

First we have to see the mechanism that distorts our habits of o perception how we always have the tendancy to make things solid, substantial and seemingingly self-existent as if there were no previous conditions to make
up the way we see and experience life now. Life just happens and my perception has nothing to do with it-really?

Through which sense do we experience depression through the eyes, do we see depression, hear depression, taste depression, touch depression, feel as in bodily sensation depression or think depression. If we can only think depression then which thought is depression as they are changing all the time which one of these thoughts can we say is depression and what is it that is feeling depresed-what is it and where is it? Does it have a form does it have a colour some substance to it that is unchanging . 

If we really want to understand the illusory nature of our experiences we need to investigate the conditions that make-up the way we perceive the phenomena-what makes us believe in an object called depression and a subject that experiences it-both ideas imply that there are two frozen entities instead of countless changing conditions-do we really want to see the actuality of the phenomena or are we so attached to our habits of perception that cause the confusion and suffering maybe because these behavioral patterns give us certain feed-back that makes us feel secure in our illusion of self existence. 

Do we really want to wake up-maybe the dreams are more seductive even though they bring us pain and suffering. If there is no objective phenomena then how can there be a subject to perceive them. We have to constantly re-create an object so the subject can exist, depression is just one of the many illusory objects that help to confirm our seeming self-existence. 

Observe the conditions that are needed to experience anything in our lives then slowly the feeling of solidity that is caused by dualistic fixation will dissolve. Then as we begin to relax body, speech and mind we find that open spacious awareness reveals itself more and more.
Try it Love AZ


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